Como você tem elaborado a sua versão quando conta a sua história de vida? Você sabe reconhecer as suas conquistas e o apoio que recebeu? Como lidou com os elogios e com as críticas? Sabe identificar e ressignificar seus erros? O que ganhou ou perdeu até agora? Quais pessoas foram ou ainda são importantes para você? Essas são algumas questões potentes para honrar o que já foi e para seguir consciente no eixo da vida. É abrir espaço e permitir-se sentir e refletir, identificando as imagens e as palavras que ressoam com o seu interior, ciente que você e nada está pronto.
1 - Acolher tudo e todos
Pode ser desafiador não excluir nenhuma parte da nossa história. Temos a tendência nesse processo em destacar as nossas páginas gloriosas. Podemos cair na armadilha de focar apenas na busca de atenção e reconhecimento das pessoas. Acreditar que estamos aqui somente para acertar, ganhar, ser apreciado, curar o mundo pode nos limitar em escrever ou a contar poderosas páginas da nossa vida. Só considerar partes da história que criam uma visão perfeita sobre nós, com o objetivo de sermos amados e reconhecidos, é como apresentar uma imagem com a falta de peças que sustentam a integridade de quem somos. A nossa história só existe conectada com outras histórias. Temos que lembrar que tudo em nossa vida está em relação, seja a algo ou alguém. Muitas pessoas foram, são e ainda serão importantes em nossa vida. Existimos porque outras pessoas existiram e existem. Como é a relação da sua história com a história da sua família e das outras pessoas que já fizeram parte da sua vida? Você tem valorizado o que aprendeu, recebeu e viveu com essas pessoas? As nossas relações têm o poder de nos curar ou adoecer. Ser ignorado ou machucado em algum momento também vai fazer parte do caminho. É importante agradecer, reconhecer e perdoar sempre cada pessoa. Avaliando continuadamente a qualidade desses relacionamentos. E agora? As pessoas com quem você convive e os lugares que você frequenta estão contribuindo para o seu crescimento? Estamos aqui para curar a nós mesmos com a nossa história. E isso só pode ser feito por meio do ambiente que estamos inseridos e com as pessoas que vão estar ao nosso redor.